Pintar com tinta spray é extremamente fácil. Contudo, há um procedimento importante que muitos ignoram e que pode fazer toda a diferença.
Neste artigo vamos explicar porque deve testar o spray antes de usar, como o pode fazer, e que tipo de problemas este gesto simples pode evitar.
O que significa testar o spray antes de usar?
Testar o spray antes de usar significa realizar uma pulverização de ensaio antes de aplicar a tinta na superfície que deseja pintar. Normalmente este tipo de teste é realizado num pedaço de cartão, madeira ou noutra superfície descartável.
Trata-se de um procedimento rápido que não demora mais do que alguns segundos, e que permite verificar três aspetos fundamentais:
- A homogeneidade da mistura;
- O correto funcionamento do bico difusor;
- A estabilidade da pressão do gás propelente.
Por que devo testar o spray antes de usar?
Existem vários motivos técnicos e práticos para testar o spray antes de o utilizar:
1. Garantir a uniformidade da cor e da textura
Mesmo que tenha agitado muito bem a lata, é possível que durante os primeiros segundos de pulverização seja libertada tinta com uma concentração de pigmentos e solventes desigual.
Testar o spray antes de usar ajuda a expelir a mistura inicial, garantindo a consistência da cor e da textura no momento em que efetivamente estiver a pintar a superfície desejada.
2. Evitar falhas ou manchas
Imagine que começa a pintar diretamente uma parede, um móvel ou até uma embarcação, e a primeira aplicação sai com borrões, gotas em excesso ou falhas de cobertura.
Recuperar deste erro pode ser difícil e, muitas vezes, implica lixar, reaplicar o primário ou até repetir todo o trabalho. Vai mesmo arriscar?!
3. Confirmar que o difusor não está obstruído
Se o spray não tiver sido corretamente limpo após a última utilização, o difusor poderá ficar parcialmente entupido.
Ao testar o spray antes de usar vai poder verificar se o fluxo é contínuo, se a pulverização é uniforme e se não existem respingos indesejados.
Assim, quando for pintar, já não correrá o risco de ser surpreendido com um difusor defeituoso ou parcialmente entupido.
4. Ajustar a distância e o movimento
Para quem não tem muita experiência com sprays, o teste preliminar permite descobrir a distância ideal de aplicação (normalmente entre 15 e 25 cm) e ajuda os utilizadores a perceberem como devem movimentar a lata durante a aplicação.
Para profissionais, o teste é igualmente útil para se adaptarem ao spray, já que a pressão, o caudal e a largura do jato podem variar de acordo com as gamas de produto.
5. Prevenir desperdício e retrabalho
Os segundos investidos no teste ajudam a que a tinta seja aplicada de forma mais eficiente. Isto significa menos desperdícios, menores consumos de produto e menos horas de trabalho desperdiçadas em correções.
Como testar um spray corretamente?
Agora que já lhe explicamos a razão pela qual deve testar o spray antes de o usar, vamos dizer-lhe como este teste deve ser efetuado:
1. Agite bem a lata
Os sprays da Montana Colors têm uma pequena esfera no seu interior que serve para ajudar a misturar pigmentos, resinas e solventes.
Agite o spray durante pelo menos um minuto após começar a ouvir a esfera.
2. Escolha uma superfície de teste
A superfície de teste pode ser um pedaço de cartão, madeira ou outro material descartável.
O importante é que não faça o teste sobre a área que efetivamente deseja pintar.
3. Mantenha a distância correta
De modo a avaliar o padrão de pulverização segure a lata a uma distância entre 15 a 25 centímetros da superfície de teste.
Este procedimento permite ao utilizador perceber a que distância deverá manter a lata para obter o efeito desejado.
4. Pressione o difusor continuamente
Pulverize de forma constante e observe o resultado. Avalie a cor, a textura e o fluxo, confirmando se a cor corresponde ao esperado, se a pulverização é uniforme e se o difusor não apresenta falhas.
O que pode acontecer se não testar o spray?
Se não testar o spray antes de usar a probabilidade de enfrentar um dos seguintes problemas aumenta significativamente:
- Manchas e escorridos;
- Cores inconsistentes;
- Entupimentos inesperados;
- Texturas irregulares;
- Acabamentos pouco cuidados;
- Necessidade de corrigir ou refazer o trabalho.
Em projetos industriais ou de manutenção profissional, um erro destes poderá traduzir-se em atrasos significativos, insatisfação do cliente e custos acrescidos.
Exemplos de situações em que deve testar o spray
- Decoração e bricolage: ao pintar um móvel em madeira, por exemplo, o primeiro jato pode criar manchas difíceis de corrigir;
- Reparações auto: numa superfície metálica, qualquer falha na uniformidade da cor torna-se imediatamente visível;
- Arte urbana e graffiti: os artistas sabem que cada cor e cada difusor têm um comportamento diferente, pelo que testar o spray antes de o usar é um procedimento indispensável;
- Ambientes industriais ou navais: na aplicação de primários anticorrosivos em estruturas metálicas, por exemplo, uma falha de cobertura num único ponto pode comprometer toda a proteção.
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